Analiticamente Incorrecto
2006/02/08
  Declaração do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros sobre a crise dos cartoons
Portugal lamenta e discorda da publicação de desenhos e/ou caricaturas que ofendem as crenças ou a sensibilidade religiosa dos povos muçulmanos.
A liberdade de expressão, como aliás todas as liberdades, tem como principal limite o dever de respeitar as liberdades e direitos dos outros.
Entre essas outras liberdades e direitos a respeitar está, manifestamente, a liberdade religiosa – que compreende o direito de ter ou não ter religião e, tendo religião, o direito de ver respeitados os símbolos fundamentais da religião que se professa.
Para os católicos esses símbolos são as figuras de Cristo e da sua Mãe, a Virgem Maria.
Para os muçulmanos um dos principais símbolos é a figura do Profeta Maomé.
Todos os que professam essas religiões têm direito a que tais símbolos e figuras sejam respeitados.
A liberdade sem limites não é liberdade, mas licenciosidade.
O que se passou recentemente nesta matéria em alguns países europeus é lamentável porque incita a uma inaceitável “guerra de religiões” – ainda por cima sabendo-se que as três religiões monoteístas (cristã, muçulmana e hebraica) descendem todas do mesmo profeta, Abraão.
Diogo Freitas do Amaral
Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros”
Eu lamento que o senhor Doutor Freitas do Amaral, Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, não tenha, desta vez, falado unicamente na sua condição de cidadão português e tenha ajoelhado o estado português, perante dois países que usam este argumento para ainda continuar a promover o terrorismo. Eu não lamento nem discordo da publicação dos cartoons. Julgo que eles se inserem dentro dos limites da tolerância e da razoabilidade da nossa sociedade ocidental, dentro do escrupuloso respeito pelos outros e pelas suas ideologias e, em especial, dentro das normas vigentes da tão suada e conquistada liberdade de expressão.
Poderei eventualmente ser o único, no meio dos 10.500.000 de portugueses. Mas não lamento, bem pelo contrário, o que lamento é este seu comunicado.
Paulo Tomás
 
Comentários:
Não compreendo, como cidadão, porque Portugal, pela pena do seu Ministro de Estado tinha porque se posicionar neste assunto.E se o fez, não fora feito num contexto de objectividade.Ora, este assunto quase nada tem a ver com os cartoon´s..isso é simples pretexto.Mas, mesmo se ainda não o fora, O Prof-Freitas deveria distinguir entre religão e ideologia religiosa.Entre oração, e fanatismo politico-religioso.Creio, que o mundo árabe-muçulmano está em contradicção..procura identidade.Será assunto deles.Amanhã, sem petróleo, será ainda mais.Nos Estados onde o Direito não é respeitado, nem calibra as relações entre cidadãos, não se pode invocar esse mesmo Direito aos demais, fora das suas fronteiras.Isto é obsurdo!Qual será o próxino pretexto?
 
Caro bruder, existirá sempre pretextos para os terroristas. E ainda de maiores amplitudes, quando sentem alguém vergar. E isso foi o que o estado Português fez. Ajoelhou-se em perfeito estado de cordeiro, sem ter qualquer motivo para o fazer.
Obrigado pelo seu comentário.
 
Concuerdo con el post del señor Tomas.
 
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